What Is Self-Plagiarism and Why Is It Considered an Ethical Issue?

O que é auto-plágio e por que é considerado uma questão ética?

Feb 08, 2025Rene Tetzner

Resumo

Auto-plágio é reutilizar seu texto, figuras, tabelas, dados ou código previamente divulgados sem citação, permissão ou divulgação, apresentando-os como novos. É uma questão ética e legal porque engana sobre novidade, prejudica a rastreabilidade e a integridade da revisão por pares, infla métricas de produção e pode violar direitos autorais/licenças.

Formas comuns: reciclagem literal de texto, publicação redundante/duplicada, fragmentação salami, duplicação de dados/figuras, traduções não divulgadas e reutilização de texto revisado por pares em outras produções citáveis.

Frequentemente aceitável (com transparência): reaproveitamento mínimo de Métodos com citação; autocitação de resultados anteriores; reutilização de conteúdo CC-BY com atribuição; desenvolvimento de preprints em artigos; adaptação de teses — sempre divulgue e agregue avanço substancial.

Áreas cinzentas & salvaguardas: verifique licenças OA (BY/NC/ND), direitos de anais, DOIs de conjuntos de dados/código e políticas de teses. Use declarações de contribuição e CRediT, verificações de similaridade e legendas/permissões claras para quaisquer visuais reutilizados.

Fluxo de trabalho seguro: inventariar divulgações anteriores → mapear novidade → planejar reutilização limitada e citada → verificar direitos → divulgar na carta de apresentação/manuscrito → documentar contribuições → explicar sobreposições legítimas. Não há “% de reutilização” fixo: mantenha Introdução/Discussão atualizadas; Métodos concisos e citados.

Resumo: Cite, Permissão, Divulgue, Agregue valor. Faça isso consistentemente para proteger novidade, transparência e confiança — e manter-se dentro da política da revista e da lei de direitos autorais.

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O que é Auto-plágio e Por Que É Considerado uma Questão Ética?

A maioria dos pesquisadores pode definir plágio: usar as palavras, ideias, figuras, código ou dados de outra pessoa sem o devido reconhecimento. Auto-plágio é menos intuitivo porque o autor reutiliza seu próprio material previamente divulgado. “Como posso roubar de mim mesmo?” é uma reação comum. A resposta é que a publicação acadêmica não se trata apenas da propriedade pessoal das palavras; trata-se também de novidade, transparência, licenciamento e confiança. Quando texto, dados ou imagens anteriores são reciclados sem divulgação ou permissão, leitores, revisores e editores são induzidos a erro sobre o que é novo, o que já foi avaliado antes e quem detém os direitos dessas palavras ou imagens exatas. Este post define auto-plágio, explica por que é tratado como um problema ético, mapeia áreas cinzentas comuns (preprints, teses, licenças OA, artigos de conferência, reutilização de dados) e oferece maneiras práticas e testadas no campo para manter-se do lado correto da política da revista e da integridade da pesquisa.


1) Auto-Plágio: Uma Definição Operacional

Auto-plágio ocorre quando um autor reutiliza partes substanciais de seu trabalho previamente divulgado—texto, figuras, tabelas, conjuntos de dados, código ou análise—sem citação, permissão ou divulgação apropriada, apresentando o material como novo. Mesmo que você seja o criador original, dois fatos adicionais importam:

  • Direitos autorais/licença: Em muitos periódicos você cede ou licencia direitos ao editor. Reutilizar texto ou imagens idênticas pode violar esses direitos, a menos que a licença permita.
  • Normas acadêmicas: Espera-se que os artigos contribuam com análise ou narrativa original. Reciclar material anterior pode distorcer o que é “novo” e fragmentar a literatura.

Assim, o auto-plágio é simultaneamente um risco legal (direitos autorais) e um risco ético (novidade e transparência).


2) Por que a Comunidade Trata o Auto-Plágio como uma Questão Ética

  • Novidade e crédito: Periódicos, financiadores e leitores esperam uma contribuição única. Reutilização não divulgada implica trabalho novo onde não há, inflando contagens de publicações e citações.
  • Rastreabilidade: Os leitores devem poder rastrear quais argumentos, dados e visuais são novos versus previamente avaliados. Duplicação não divulgada quebra essa cadeia de evidências.
  • Integridade da revisão por pares: Revisores avaliam originalidade e avanço analítico. Se textos ou resultados antigos são reapresentados, os revisores são induzidos a erro sobre o progresso.
  • Sobrecarga da literatura: “Salami slicing” (publicação de incrementos mínimos) e publicação duplicada poluem a literatura e podem enviesar meta-análises.
  • Direitos autorais e licenças: Reutilizar conteúdo pertencente ao editor sem permissão ou atribuição correta da licença pode violar contratos, causar retratações e prejudicar reputações.

3) Formas de Auto-Plágio que Você Deve Reconhecer

  • Reciclagem textual literal: Copiar blocos da sua Introdução, Métodos ou Discussão anteriores sem citação e aspas. (Transposição limitada e justificada nos Métodos pode ser aceitável com citação.)
  • Publicação redundante (duplicada): Publicar substancialmente o mesmo estudo, análise ou conjunto de dados em mais de um local sem referência cruzada e sem permissão editorial.
  • Salami slicing: Dividir um estudo completo em vários artigos minimamente diferentes para multiplicar contagens em vez de esclarecer questões distintas.
  • Duplicação de dados/figuras: Reutilizar as mesmas tabelas, imagens ou gráficos para apoiar artigos “novos” sem divulgação, permissão ou referência cruzada adequada.
  • Reutilização de traduções: Publicar uma versão traduzida de um artigo previamente publicado sem permissão e sem divulgação clara de que se trata de uma tradução.
  • Reciclagem de linguagem revisada por pares em relatórios de concessão ou resumos de políticas sem citação quando esses documentos são eles mesmos registros citáveis.

4) O Que Geralmente É Aceitável (Se Você Divulgar Corretamente)

  • Reutilização razoável do texto dos Métodos para reprodutibilidade, com citação do artigo anterior. Mantenha ao mínimo; atualize para refletir diferenças; evite cópia integral.
  • Auto-citação de trabalhos conceituais ou resultados anteriores, quando o artigo anterior fornece contexto ou validação necessária. Cite exatamente como qualquer outra fonte.
  • Reutilização do seu próprio conteúdo OA sob licença permissiva (ex.: CC BY) com atribuição e link para o original. Respeite os termos da licença (ex.: restrições ND/NC).
  • Preprints → artigos de periódicos: A maioria dos periódicos permite desenvolver um preprint em artigo revisado por pares. Divulgue o preprint na carta de apresentação e cite-o no manuscrito.
  • Tese → artigo(s): Muitos periódicos aceitam material adaptado de uma tese institucional. Forneça citação da tese; reformule, reanalise e reescreva para atender aos padrões do artigo.

5) Áreas Cinzentas Explicadas: Cenários Práticos

5.1 Acesso Aberto (OA) vs. Periódicos por Assinatura

Se seu artigo anterior é OA sob CC BY, você pode reutilizar texto ou figuras com atribuição. Para CC BY-NC, o uso comercial é restrito. Para CC BY-ND, não pode distribuir versões adaptadas—reformular pode ser considerado adaptação. Periódicos por assinatura frequentemente exigem permissão para reutilizar texto/figuras exatas; parafrasear ainda requer citação e divulgação.

5.2 Preprints e Trabalhos em Andamento

Postar um preprint geralmente não transfere direitos autorais, mas constitui divulgação prévia. Cite o preprint no artigo e informe o editor na carta de apresentação. Atualize análises e redação; não trate a publicação revisada por pares como local para duplicar o preprint literalmente sem aviso.

5.3 Trabalhos de Conferência, Pôsteres e Anais

Anais podem ter direitos autorais ou licença exclusiva. Se expandir para um artigo de periódico, divulgue a publicação anterior, explique o avanço substancial (novos dados, análise mais profunda) e obtenha permissões para reutilização de figuras/tabelas conforme necessário. Para pôsteres/resumos, as políticas variam; sempre cite e esclareça o que é novo.

5.4 Conjuntos de Dados, Código e Relatórios Registrados

Reutilizar um conjunto de dados em vários artigos pode ser válido ao responder perguntas distintas. Indique o uso prévio; vincule a identificadores persistentes (ex.: DOIs); pré-especifique análises via pré-registro quando possível. Para código, cite a versão original do repositório e note alterações.

5.5 Teses Institucionais e Repositórios

Muitas universidades colocam teses online. Embora você "possa" ser o dono desse texto, os periódicos esperam apresentação nova e divulgação clara. Reescreva para ajustar ao tamanho do artigo e ao público; cite a tese; evite duplicação literal além do essencial para os métodos.


6) Fatiamento Salame vs. Publicação Modular Legítima

Como você distingue fragmentação inaceitável de relato modular válido?

“Salami” Inaceitável Publicação Modular Aceitável
Dividir uma análise em múltiplos artigos com diferenças triviais (por exemplo, mudar uma variável de controle) para inflar contagens. Publicar um artigo de protocolo, um artigo de resultados primários e uma análise secundária pré-especificada separada abordando uma questão distinta.
Copiar e colar grandes trechos de texto e figuras entre artigos sem divulgação. Referir os leitores a um artigo anterior para métodos sobrepostos; citar e minimamente reutilizar texto quando necessário para replicação.
Apresentar o mesmo conjunto de dados como “novo” em múltiplos locais com edições cosméticas. Reutilizar um conjunto de dados público para testar uma hipótese diferente, claramente motivada, com citações cruzadas e transparência sobre o uso anterior.

7) Consequências do Auto-Plágio

  • Resultados editoriais: Rejeição sumária; exigência de reescrita; retirada da aceitação se descoberta tardiamente.
  • Correções e retratações: Erratas, expressões de preocupação ou retratações completas por publicação redundante ou violações de direitos autorais.
  • Repercussões institucionais: Investigações por comitês de ética; impactos em promoções ou solicitações de financiamento.
  • Dano reputacional: Confiança diminuída entre pares e revisores; penalidades de citação.

8) Um Fluxo de Trabalho Safe-Harbour para Reutilização

  1. Inventário da divulgação anterior: Liste preprints relacionados, artigos de conferência, pôsteres, teses, conjuntos de dados, código e peças de mídia. Mantenha DOIs/URLs à mão.
  2. Mapeie a novidade: Escreva 3–5 pontos principais do que é genuinamente novo (dados, análise, teoria, contexto, método, interpretação).
  3. Decida o escopo da reutilização: Se os métodos devem ser semelhantes, planeje uma transferência concisa e cite o artigo anterior. Para figuras/tabelas, prefira reanálise ou novos visuais.
  4. Verifique direitos/licenças: Revise acordos anteriores com editoras e licenças OA. Obtenha permissões para qualquer reutilização literal de figuras/tabelas.
  5. Divulgue proativamente: Na carta de apresentação, descreva a divulgação anterior e como o trabalho atual a avança. No manuscrito, cite as fontes anteriores na primeira menção relevante.
  6. Documente contribuições: Use uma declaração transparente de “Contribuições dos Autores” (CRediT) para mostrar trabalho genuinamente novo.
  7. Realize checagens de similaridade com inteligência: Faça uma pré-análise do manuscrito; onde a sobreposição for legítima (ex.: equações, métodos padrão), anote e explique ao editor.

9) Quanto Reuso de Texto É “Demais”?

Não existe uma porcentagem universal. Ferramentas de similaridade sinalizam sobreposição textual, não julgamento ético. Muitas revistas toleram reutilização limitada e citada em Métodos para garantir reprodutibilidade, mas esperam redação nova em Introdução e Discussão. Figuras e tabelas requerem permissão ou licença que permita reutilização, sempre com atribuição. Como regra geral:

  • Parafraseie e resuma o contexto; cite a fonte original minuciosamente.
  • Para métodos compartilhados, cite frases curtas e necessárias apenas se a precisão exigir; caso contrário, reescreva sucintamente e cite.
  • Nunca recicle conclusões integralmente; elas devem refletir novos dados ou análises.

10) Permissões, Citações e Atribuições: O Que Escrever

No manuscrito:

  • “O pipeline de amostragem e pré-processamento seguiu Smith et al. (2022); as principais diferenças são resumidas aqui (veja Métodos Suplementares S1).”
  • “A Figura 2 é adaptada de Jones et al. (CC BY 4.0); detalhes completos da licença na legenda.”
  • “Este artigo estende a versão preprint (doi: …) com um conjunto de dados ampliado (+30%), modelagem revisada e novas análises de sensibilidade.”

Na carta de apresentação:

  • “Apresentamos anteriormente resultados preliminares na conferência ABC 2024 (artigo curto, 4 páginas). A submissão atual contém novos dados (n=…), métodos substancialmente revisados e um desfecho primário diferente. Citamos o artigo da conferência e obtivemos permissão para reutilizar um painel (Fig. S3).”

11) Perguntas Frequentes

P: Posso reutilizar a redação exata do meu resumo anterior?
R: Evite duplicação literal. Reescreva para refletir o novo escopo; cite o artigo anterior se precisar incluir frases muito semelhantes para precisão técnica.

P: Preciso citar minha própria tese?
R: Sim—se o material derivar dele ou passagens substanciais forem adaptadas. Muitas revistas exigem explicitamente a divulgação e citação de teses disponíveis online.

P: Meu artigo anterior é OA sob CC BY. Posso colar seções inteiras?
A: A licença permite o reuso com atribuição, mas as normas acadêmicas ainda esperam uma narrativa nova e indicação clara do que é novo. Mantenha o reuso literal mínimo e bem sinalizado.

P: É auto-plágio reutilizar um conjunto de dados?
A: Não se o novo artigo fizer uma pergunta distinta ou conduzir uma análise substancialmente diferente. Você deve citar o conjunto de dados (idealmente um DOI) e divulgar usos anteriores.

P: E quanto às aprovações padrão ou declarações de ética?
A: Frases padrão (aprovações IRB, declarações de bem-estar animal) podem ser legitimamente repetidas para precisão. Garanta que os detalhes (números de protocolo, datas) estejam corretos e atualizados.


12) Lista de Verificação de Transparência Amigável ao Editor

  • [ ] Eu citei todas as publicações, preprints e anais anteriores que se sobrepõem a este manuscrito.
  • [ ] Quaisquer figuras/tabelas reutilizadas possuem declarações de permissões/licença e atribuição nas legendas.
  • [ ] O reuso de métodos é conciso e citado; o contexto/discussão são substancialmente reescritos e atualizados.
  • [ ] A carta de apresentação explica claramente a novidade em relação às produções anteriores.
  • [ ] Declarações de disponibilidade de dados e código divulgam versões anteriores e novas adições.
  • [ ] Outliers na varredura de similaridade são explicados (equações, termos técnicos) ou reformulados.

13) Conclusão: Cite, Permissão, Divulgue e Agregue Valor

Auto-plágio não é uma tecnicalidade barroca; é um sinal de que algo importante — novidade, clareza ou direitos — pode ter sido ignorado. O caminho mais seguro e profissional é simples:

  1. Cite seu trabalho anterior da mesma forma que cita o trabalho de outros.
  2. Permissão: obtenha ou baseie-se em uma licença que permita explicitamente o reuso específico (especialmente para figuras/tabelas).
  3. Divulgue a disseminação prévia (preprints, teses, artigos de conferência) no manuscrito e na carta de apresentação.
  4. Agregue valor: certifique-se de que o novo artigo realmente avance nos dados, análise, teoria ou interpretação.

Faça essas quatro coisas consistentemente, e suas publicações respeitarão tanto o marco legal do copyright quanto o núcleo ético da pesquisa: representação honesta do que é novo e por que isso importa.

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