A Constructive Approach to the Challenging Task of Peer Reviewing

Uma Abordagem Construtiva para a Difícil Tarefa de Revisão por Pares

Apr 09, 2025Rene Tetzner

Resumo

A revisão por pares construtiva é uma habilidade ensinável. Comece aprendendo o [journal]’s [scope/readership] e as expectativas dos revisores; planeje tempo suficiente para dois ciclos de leitura e reflexão; e mantenha confidencialidade rigorosa. Uma revisão de alta qualidade é equilibrada, baseada em evidências e focada em ações passíveis de melhoria — ela diagnostica problemas, propõe correções e explica por que elas são importantes.

Movimentos principais: (1) Esclarecer adequação e contribuição; (2) auditar métodos, dados e análise; (3) verificar clareza, estrutura e transparência (figuras, padrões de relato); (4) avaliar alegações versus evidências; (5) identificar questões éticas, conflitos e de reprodutibilidade; e (6) recomendar uma decisão com prioridades concretas de revisão. O tom importa: seja colegial, específico e respeitoso—mesmo ao recomendar rejeição.

Resumo: prepare-se minuciosamente, leia com atenção, escreva com estrutura e justifique cada ponto importante com referências de página/figura. Seu objetivo é ajudar o editor a tomar uma decisão sólida e o autor a escrever um artigo mais forte—avançando o conhecimento enquanto modela integridade profissional.

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Uma abordagem construtiva para a tarefa desafiadora da revisão por pares

Você aceitou o convite de um editor para revisar um manuscrito exatamente na sua área—excelente. Agora o trabalho real começa. Uma revisão por pares construtiva faz muito mais do que aprovar ou rejeitar; ela esclarece a contribuição do estudo, eleva o padrão do relato e ajuda os autores a aprimorar sua pesquisa. Este guia oferece uma abordagem passo a passo que você pode usar na sua primeira revisão—e aprimorar na centésima.

1) Prepare com propósito

A preparação determina a qualidade do seu julgamento. Antes de abrir o manuscrito, reúna o seguinte:

  • Perfil do journal: scope, objetivos, readership, tipos de artigos e expectativas metodológicas típicas.
  • Instruções para autores: estrutura, limites de palavras/figuras, checklists de relato (por exemplo, CONSORT, PRISMA, STROBE), políticas de dados e código.
  • Orientações para revisores: categorias de decisão, critérios de avaliação, política de conflitos de interesse (COI), regras de confidencialidade, prazos.
Primeiro a adequação: Pergunte: “Esta submissão é apropriada para este journal e seus leitores?” Se a resposta for “não”, explique o motivo (scope, audience, format) e sugira veículos melhores.

2) Proteja a confidencialidade e a neutralidade

Trate o manuscrito e os arquivos relacionados como confidenciais. Não compartilhe, cite ou use ideias da submissão. Se precisar de aconselhamento (por exemplo, uma verificação estatística), obtenha permissão do editor e divulgue qualquer assistência em seus comentários confidenciais.

  • Verificação de COI: Recuse se tiver conflitos financeiros, pessoais ou acadêmicos, ou se não puder ser imparcial.
  • Anonimato: Mantenha o modelo de revisão (single/double/open) conforme instruído; evite comentários que revelem sua identidade.

3) Planeje seu tempo: dois ciclos de leitura e reflexão

Revisões de alta qualidade levam tempo. O fluxo de trabalho mais confiável inclui duas etapas separadas por reflexão:

  1. Primeira passagem (global): Leia o resumo, introdução e conclusão para entender a contribuição reivindicada; faça uma leitura rápida dos métodos/resultados; inspecione figuras/tabelas. Anote apenas os principais problemas.
  2. Segunda passagem (analítica): Leia na íntegra, verificando métodos, dados, análises e afirmações linha por linha. Verifique se as evidências sustentam as conclusões.

Entre as passagens, deixe o argumento “esfriar” — muitas questões se cristalizam após uma pausa. Reserve tempo para rascunhar, depois revise seu relatório mais uma vez para aprimorar o raciocínio e o tom.

4) Um quadro de avaliação estruturado

Use uma estrutura consistente para que seu relatório seja claro para os editores e acionável para os autores. A tabela abaixo resume as questões principais.

Dimensão Questões-chave Sinais típicos
Originalidade & significado O que é novo? Quem se beneficia? Isso muda o entendimento ou a prática? Lacuna clara; contribuição bem definida; ambição apropriada para o local.
Teoria & racional As afirmações estão situadas na literatura? As hipóteses são logicamente derivadas? Teoria concisa; citações precisas; expectativas justificadas.
Métodos & data Ajuste do design? Amostragem/potência adequadas? Medidas válidas? Pré-registro? Protocolos transparentes; detalhes reprodutíveis; mitigação de viés.
Análise Modelos apropriados? Suposições verificadas? Multiplicidade abordada? Verificações de robustez; análises de sensibilidade; incerteza relatada.
Resultados & interpretação Os resultados apoiam as afirmações? Alternativas consideradas? Tamanhos de efeito/ICs; limites reconhecidos; sem generalizações excessivas.
Relato & transparência Disponibilidade de dados/código? Listas de verificação? Figuras/tabelas claras? Dados FAIR; visuais bem rotulados; descrições replicáveis.
Ética & conformidade Aprovações IRB/IACUC? Consentimento, segurança e proteção de dados? Documentação presente; riscos abordados; COIs declarados.
Apresentação & linguagem Estrutura lógica? Parágrafos coerentes? Tom profissional? Prosa legível; estilo consistente; erros mínimos.

5) Como ler como um revisor

  • Introduction: Identifique o problema, lacuna e perguntas de pesquisa precisas. Alerte para expansão do escopo ou trabalhos seminais ausentes.
  • Methods: Verifique se há detalhes suficientes para replicar: amostragem, randomização, cegamento, instrumentos, pré-processamento, cálculo de poder, preregistration.
  • Results: Priorize tamanhos de efeito, incerteza e verificações diagnósticas em vez de caça ao valor-p. Busque consistência interna entre texto, tabelas e figuras.
  • Discussion: Cuidado com afirmações que excedem as evidências; exija limitações, condições de contorno e clareza sobre trabalhos futuros.
  • Figures/Tables: Pergunte, "Um leitor pode entender isso sem o texto?" Rótulos, unidades e legendas devem ser autossuficientes.

6) Escrevendo a revisão: estrutura e tom

Editores preferem um relatório claramente segmentado com pontos concisos e referenciados. Um esboço confiável:

  1. Resumo (2–5 frases): Declare o que o manuscrito afirma e faz—não seu veredito ainda.
  2. Contribuição & adequação: Um parágrafo sobre [novelty] e relevância para o público do [journal].
  3. Comentários maiores: 4–10 itens numerados que afetam validade, clareza ou interpretabilidade. Cada item = problema → evidência → consequência → solução.
  4. Comentários menores: Correções específicas e rápidas: citações faltantes, clareza da figura, redação, erros de digitação.
  5. Recomendação de decisão: Escolha a categoria do [journal] e, se revisão, priorize as 3–5 principais mudanças.
Comprove seus pontos: Cite números de página/linha/figura. Substitua “pouco claro” por “Pouco claro porque X; considere fazer Y (p. 6, parágrafo 2; Fig. 3).”

7) Como é “construtivo”

  • Específico: “Informe o ocultamento da alocação (item CONSORT 9).”
  • Acionável: “Forneça robustez para larguras de banda alternativas (±5, ±10) na Fig. 4.”
  • Equilibrado: Combine críticas com pontos fortes para orientar o esforço e manter a moral.
  • Respeitoso: Foque no texto, não nos autores: evite sarcasmo e ataques pessoais.

8) Fazendo recomendações defensáveis

Editores precisam de um veredito claro vinculado à sua análise. Categorias típicas:

  • Aceitar (raro na primeira rodada): Contribuição forte, métodos sólidos, apenas edições menores.
  • Revisão menor: Estudo válido; necessidade de esclarecimentos na apresentação ou pequenas análises.
  • Revisão maior: Potencialmente publicável; requer esclarecimento metodológico substancial, análises adicionais ou reformulação.
  • Rejeitar: Fora do escopo, falhas fatais no design, dados não reproduzíveis ou contribuição muito limitada para o local.

Ao recomendar revisão, liste as tarefas priorizadas e indique quais são opcionais. Ao recomendar rejeição, reconheça os pontos fortes, diagnostique os bloqueios sucintamente e sugira alternativas ou redesigns (por exemplo, replicação preregistrada, relatório breve).

9) Ética, integridade e [finding] sensíveis

  • Sinais de má conduta: imagens duplicadas, estatísticas improváveis, plágio, reutilização não divulgada. Alerta o editor em particular; não acuse os autores em comentários públicos.
  • Pesquisa com humanos/animais: Confirme aprovações e consentimentos; assegure que os riscos são proporcionais e reportados.
  • Dados & código: Incentive o compartilhamento conforme a política; se restrito, solicite materiais sintéticos ou redigidos detalhados.
Nunca compartilhe o manuscrito ou suas ideias fora do canal de revisão. Se o estudo se sobrepõe ao seu trabalho em andamento, informe o editor e siga suas orientações.

10) Armadilhas comuns do revisor — e correções

  • Vagueza: Substitua generalidades (“não claro,” “fraco”) por explicações e correções.
  • Desvio de escopo: Não exija um estudo diferente. Peça análises necessárias; enquadre “desejáveis” como opcionais.
  • Tom hostil: Edite para uma formulação colegial. Leia em voz alta; remova farpas.
  • Veredito injustificado: Vincule a decisão a questões concretas que afetam a validade ou adequação.
  • Excesso de edição na linguagem: Sugira revisão de texto onde necessário; concentre seu esforço no conteúdo científico.

11) Modelos que você pode adaptar

Resumo inicial:

Este manuscrito examina [topic] usando [design/data]. A principal alegação é que [finding], apoiada por [key analyses]. O trabalho visa contribuir para [literature/field] por meio de [novelty]. No geral, o tema se encaixa no interesse do [journal] em [scope/readership].

Padrão de comentário principal:

  • Problema: A estratégia de identificação assume tendências paralelas (p. 9) mas não as testa.
  • Evidência: A Figura 2 sugere pré-tendências divergentes nos anos −2 a −1.
  • Consequência: Ameaça a interpretação causal dos efeitos pós-tratamento.
  • Remédio: Adicione estudo de evento com testes de pré-tendência e reporte robustez para especificações alternativas.

Frase de decisão: Recomendo revisão majoritária, condicionada ao atendimento dos itens 1–4 (identificação, validade da medição, testes múltiplos e disponibilidade de dados). Itens 5–8 são melhorias sugeridas.

12) Revisão por tipo de estudo (dicas rápidas)

  • Ensaios clínicos: registro, fluxo CONSORT, randomização, ocultamento da alocação, desfechos pré-especificados, danos.
  • Revisões sistemáticas: fluxo PRISMA, estratégia de busca, critérios de inclusão, risco de viés, heterogeneidade, viés de publicação.
  • Estudos observacionais: amostragem, controle de confundidores, dados ausentes, análises de sensibilidade, disciplina na linguagem causal.
  • Pesquisa qualitativa: racional de amostragem, reflexividade, transparência na codificação, triangulação, descrição detalhada.
  • Laboratório/bancada: detalhes de reagentes, contagem de replicações, cegamento, calibração de instrumentos, regras de exclusão de dados.
  • Computacional/ML: proveniência do conjunto de dados, divisões treino/validação/teste, verificações de vazamento, linhas de base, ablações, transparência de computação/relatórios.

13) Refinando seu relatório

  • Seja conciso: 600–1.200 palavras geralmente são suficientes, a menos que o manuscrito seja incomumente complexo.
  • Segmentação clara: Use títulos (“Maior,” “Menor”) e numeração para facilitar a triagem editorial.
  • Cite exatamente: Referências de página/linha/figura reduzem idas e vindas.
  • Feche profissionalmente: Agradeça aos autores pela contribuição; reafirme a decisão em uma frase.

14) Exemplo: mini revisão (ilustrativa)

Resumo: Os autores estudam X usando um [design/data] multi-site (N=…) e afirmam Y. O [topic] é atual e de interesse para o [journal].

Comentários maiores: (1) Validade do [design/data]: Esclareça randomização e mascaramento (p. 5); reporte o ocultamento da alocação. (2) Definição de desfecho: O desfecho primário muda do pré-registro (link OSF) para a Seção 3; reconcilie e justifique. (3) Multiplicidade: Ajuste para múltiplos desfechos secundários ou priorize um conjunto menor e mova o restante para um apêndice. (4) Acesso aos dados: Forneça conjunto de dados desidentificado e código ou explique as restrições; no mínimo, compartilhe dados sintéticos e scripts completos da análise.

Comentários menores: Melhore os rótulos dos eixos da Fig. 2; padronize abreviações; corrija erros de digitação (p. 11: “seperate”).

Decisão: Revisão maior.

15) Crescimento como revisor

Mantenha uma lista de verificação privada, mantenha parágrafos modelo para questões recorrentes e anote preferências específicas do [journal]. Revise suas próprias avaliações depois; peça feedback aos editores quando disponível. Com o tempo, você desenvolverá heurísticas específicas do domínio enquanto preserva justiça e clareza.

Conclusão: ajude o editor a decidir, ajude o autor a melhorar

A revisão por pares funciona quando nos preparamos cuidadosamente, lemos generosamente e argumentamos com precisão. Seu papel é fornecer uma avaliação justa, confidencial e acionável: identificar o que o manuscrito contribui, mostrar onde ele falha e mapear a rota mais rápida para um artigo mais forte. Com prática, você equilibrará empatia com rigor — servindo autores, editores e o campo ao mesmo tempo.



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