Os Menores Pontos de Pontuação
Há muitos autores hoje em dia que argumentariam que se preocupar com a pontuação, tendo como objetivos a precisão e a consistência, é simplesmente uma perda de tempo. O ponto, eles poderiam argumentar, é divulgar o material, não consumir tempo valioso polindo o texto até que até o menor e menos significativo detalhe de pontuação brilhe. O problema com essa estratégia mais relaxada é que nenhuma pontuação é insignificante e até o menor ponto pode se tornar extremamente significativo quando usado incorretamente. Além disso, tal estratégia relaxada só pode ser verdadeiramente eficaz com uma prosa muito simples que requer relativamente pouca pontuação, e mesmo nesses casos, muitas vezes promove uma escrita descuidada, imprecisa e inelegante. Um velho ditado se aplica aqui: se algo vale a pena ser feito, vale a pena ser feito bem ou corretamente ou da melhor forma possível. Descartar uma parte vital da comunicação escrita como estando acima ou abaixo de suas habilidades não apenas diminui a qualidade da sua comunicação escrita, mas também sua autoridade como autor.
A falta de autoridade e a comunicação escrita de baixa qualidade são duas possibilidades indesejáveis que a maioria dos acadêmicos e cientistas gostaria de evitar a todo custo. Também é um fato que pesquisas complicadas e análises complexas frequentemente exigem um estilo de escrita bastante sofisticado para que os pesquisadores alcancem clareza e precisão, portanto, é realmente muito raro que um acadêmico avançado possa relatar efetivamente os métodos e resultados de seu trabalho sem usar pontuação de forma extensa e cuidadosa. Os menores detalhes de pontuação devem, portanto, ser sempre uma preocupação para autores acadêmicos e científicos, e os erros mais comuns de escritores menos instruídos devem ser estritamente evitados.
Esses erros comuns incluem, por exemplo, o notório uso incorreto da vírgula, um erro que parece estar se tornando mais comum entre todos os autores nos últimos anos. O uso incorreto da vírgula ocorre quando duas orações principais (seja compartilhando o mesmo sujeito ou tendo sujeitos diferentes) são unidas em uma única frase apenas por uma vírgula ou por uma vírgula acompanhada de no máximo um advérbio ou uma frase adverbial. "Eu adoro conduzir pesquisas, vou ao laboratório todo fim de semana", "Ficamos muito satisfeitos com as descobertas, nosso pesquisador mais jovem até comemorou quando os resultados foram analisados" e "O instrutor o intimidou, como resultado ele abandonou o curso" são exemplos de vírgulas usadas incorretamente dessa forma. De modo geral, o resultado é uma estrutura de frase muito solta que é simplesmente incorreta. O uso incorreto da vírgula, especialmente quando aparece ao longo de um documento, também sugere preguiça do autor e, em construções mais complexas, pode distorcer as relações entre as orações.
Soluções para vírgulas mal colocadas são simples e diretas. A vírgula pode ser substituída por um ponto final e a letra inicial da palavra seguinte capitalizada: ‘Ficamos muito satisfeitos com os resultados. Nosso pesquisador mais jovem até comemorou quando os resultados foram analisados.’ Adicionar uma conjunção é outro meio de resolver o problema: ‘Eu adoro conduzir pesquisas, então vou ao laboratório todo fim de semana.’ Finalmente, a vírgula pode ser substituída por um ponto e vírgula: ‘O instrutor o intimidou; como resultado, ele abandonou o curso.’ Um ponto e vírgula implica uma relação entre duas partes da frase que é mais próxima do que a existente entre duas frases separadas, e permite mais complexidade em qualquer uma das partes da frase do que o uso de uma vírgula e conjunção.
Se algum dia você se sentir tentado a negligenciar dedicar o tempo e a atenção necessários para aperfeiçoar a pontuação em sua escrita acadêmica ou científica, lembre-se de que o uso apropriado produzirá um texto que não é apenas mais claro, mas também mais erudito. Afinal, as qualidades que a pontuação precisa e eficaz exige e transmite – expertise, precisão, exatidão, atenção aos detalhes, reflexão, organização e análise – são exatamente as qualidades que os melhores acadêmicos admiram e demonstram.
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