Tornando um Resumo Menos Abstrato: Dicas para Publicação e Escrita Acadêmica
Resumos podem ser curtos, mas estão longe de ser fáceis de escrever e podem levar uma quantidade desproporcional de tempo para serem elaborados e refinados. Sua brevidade é, de fato, uma das razões pelas quais tendem a ser tão desafiadores. A maioria dos artigos acadêmicos e científicos contém uma grande quantidade de informações e discussões complexas, então tentar resumir esse conteúdo em poucas frases requer uma seleção cuidadosa e um estilo conciso. Além disso, o resumo é uma parte extremamente importante de um artigo acadêmico ou, de fato, de qualquer documento acadêmico ou científico. Muitas vezes, junto com o título, é a única parte que estará acessível aos leitores potenciais que pesquisam catálogos de bibliotecas e periódicos online para pesquisas do tipo que você realizou. Se seu resumo captar o interesse deles, é provável que leiam mais e talvez até usem e citem seu trabalho em suas próprias pesquisas. Por outro lado, se não for envolvente, provavelmente seguirão para um recurso mais promissor. Portanto, seu resumo precisa ser claro, informativo e fascinante – uma promessa, por assim dizer, do excelente conteúdo e escrita que seguirá se o leitor continuar.
Uma maneira de abordar a escrita de um resumo que conquiste o interesse dos leitores é trabalhar para tornar seu resumo menos abstrato. Sim, conceitos abstratos são frequentemente o produto de pesquisas sólidas, e evidências tendem a ser usadas para analisar e entender as tendências que representam, então um toque de abstração pode certamente ser incluído em um bom resumo. No entanto, também existem procedimentos totalmente fundamentados, eventos intrigantes e fatos concretos na maioria dos artigos de pesquisa, e a precisão ao relatar esses elementos pode não apenas situar o leitor, mas também despertar considerável interesse. Por exemplo, um resumo para um artigo sobre deslizamentos catastróficos pode focar nas diferenças sazonais, usando como estudos de caso um deslizamento em cada uma das quatro estações. O resumo provavelmente explicaria isso, mas e se o foco do autor nas categorias tão importantes para os resultados do estudo resultar em sua negligência em mencionar no resumo o local e o ano de cada catástrofe? Leitores que procuram informações sobre um deslizamento específico que de fato é estudado no artigo podem não conseguir encontrar o artigo por meio de motores de busca, e mesmo que o façam, não seriam capazes de determinar pelo resumo que o artigo realmente discute aquele deslizamento em particular.
Linguagem excessivamente especializada ou técnica também é melhor evitada em resumos, exceto no caso dos periódicos acadêmicos mais especializados. Essa linguagem pode parecer inerentemente concreta para você porque está familiarizado exatamente com o que significa, mas para leitores que têm menos certeza do significado, tais termos parecerão abstratos e imprecisos, e com alguma linguagem teórica, a impressão pode ser precisa. Se você precisar usar linguagem altamente especializada ou jargão específico de uma disciplina ou talvez acreditar que um termo particular atrairá leitores do tipo que deseja, certifique-se também de antecipar leitores que podem não conhecer a terminologia, reservando um pouco de espaço para definir ou explicar linguagem potencialmente obscura para que seu significado fique absolutamente claro. Caso contrário, mantenha um vocabulário o mais comum e concreto possível.
Abreviações, especialmente as não padronizadas, também devem ser evitadas em resumos sempre que possível. Em alguns casos, é claro, o uso de abreviações será necessário para respeitar as limitações de palavras que a maioria das diretrizes dos editores estabelece para o comprimento dos resumos, mas você precisará avaliar a redução de palavras que isso proporciona em comparação com as palavras necessárias para definir cada abreviação não padronizada, pois tais abreviações certamente exigirão definição se você quiser que seu público entenda o que está dizendo. Pronomes também devem ser evitados na maior parte do tempo. Eles podem ser imprecisos e confusos, especialmente quando muita informação é apresentada em poucas palavras, e como a maioria das restrições de comprimento para resumos é contada em palavras, não há razão para não usar o substantivo em si em vez de um pronome, uma política que promoverá a clareza concreta desejada.
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