Usando Referências Numéricas em Sua Tese ou Dissertação
Se você está escrevendo uma tese ou dissertação nas ciências médicas ou biológicas, provavelmente precisará usar referências numéricas, como as exigidas pelo estilo Vancouver de referência. Referências numéricas são extremamente fáceis de produzir no texto corrido, já que na maioria dos casos tudo o que é necessário para cada citação é um número, e certamente são discretas para os leitores, mas essa simplicidade esconde um potencial significativo para erros que devem ser cuidadosamente evitados ao registrar referências em um sistema numérico.
Por exemplo, referências numéricas podem se tornar problemáticas se uma fonte for esquecida quando as fontes que você usa em sua tese ou dissertação são numeradas e adicionadas à sua lista de referências. Isso ocorre porque as referências numéricas são organizadas em ordem numérica de acordo com quando são citadas pela primeira vez, então a primeira fonte citada em um texto se torna a referência 1, a segunda, referência 2, a terceira, referência 3 e assim por diante. Cada número é atribuído a uma única fonte e cada fonte possui apenas um número, que mantém ao longo de todo o documento. Isso significa que, se você esquecer uma fonte ao numerar suas referências e adicioná-las à sua lista, a fonte faltante terá que ser numerada e adicionada quando o erro for descoberto, enquanto todas as fontes que a seguem precisarão ser renumeradas tanto no texto principal quanto na lista. Se, por exemplo, você esqueceu a terceira fonte que citou, ela precisará ser numerada como 3 quando for adicionada, e o que era referência 3 precisará ser renumerado como referência 4, o que era referência 4 precisará ser referência 5, e isso continuará até o final tanto da sua lista quanto do seu documento.
Embora seja sempre imperativo registrar cada referência com precisão na escrita acadêmica, isso é ainda mais importante quando você está usando referências numéricas. Se você perder uma fonte, sua numeração ficará incorreta e seus leitores serão direcionados para as fontes erradas, uma situação que deturpa o trabalho de seus colegas e predecessores e pode confundir e frustrar seus mentores e examinadores. A menos que você mencione nomes de autores e datas de publicação em sua discussão, seus leitores não terão as informações necessárias para guiá-los às fontes corretas, como ocorreria com outros sistemas de referência.
A ordem numérica exigida nas referências numéricas significa que o melhor momento para numerar e organizar suas citações é quando sua tese ou dissertação (ou talvez cada capítulo dela) estiver praticamente concluída, de modo que seja improvável que ocorram alterações que modifiquem a ordem de suas referências. Enquanto o documento ainda está em andamento, você pode usar etiquetas curtas (talvez entre parênteses ou colchetes para separá-las claramente do restante do seu texto), como sobrenomes dos autores, títulos abreviados, datas de publicação ou qualquer coisa que o leve de forma eficiente às fontes corretas. Quando você verificar suas citações ao finalizar seu trabalho, o que é sempre recomendável, poderá então remover essas etiquetas e numerar suas referências, adicionando-as à sua lista na ordem correta.
Sempre que você citar diretamente uma fonte, deve incluir o número da página junto com o número da referência para indicar exatamente onde encontrou a passagem. Sua universidade ou departamento pode fornecer diretrizes específicas para teses e dissertações que incluem detalhes sobre exatamente como os números das páginas devem ser registrados. Se for o caso, essas diretrizes devem ser seguidas com precisão e consistência, mas se você estiver trabalhando sem tais instruções, o essencial é distinguir os números das páginas dos números das referências, o que pode ser facilmente feito usando a abreviação ‘p.’ (singular) ou ‘pp.’ (plural) antes dos números que representam as páginas.
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