Resumo
A maioria dos acadêmicos que escrevem em inglês hoje espera alcançar um público internacional. No entanto, muitos manuscritos são elaborados com suposições, escolhas linguísticas e referências culturais que limitam involuntariamente a legibilidade para leitores de diferentes origens. Escrever para um público global requer atenção consciente à clareza, neutralidade, precisão e acessibilidade cultural—qualidades que não apenas ajudam os leitores a entender seu trabalho, mas também aumentam suas chances de ser publicado, citado e amplamente disseminado.
Este guia ampliado explica como escrever prosa acadêmica e científica que seja verdadeiramente internacional em escopo. Explora a importância de eliminar vieses, definir terminologia específica de regiões, escolher vocabulário universalmente compreendido, esclarecer sistemas de datas e medidas, e evitar suposições sobre estruturas educacionais, práticas culturais ou conhecimentos geográficos. Também destaca estratégias estilísticas que ajudam a comunicar pesquisas complexas de forma eficaz para leitores que podem não compartilhar seu contexto local ou tradições disciplinares.
Ao aplicar essas práticas consistentemente, você torna sua pesquisa mais inclusiva, mais acessível e mais publicável—fortalecendo tanto a clareza do seu trabalho quanto seu impacto acadêmico global.
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Como Tornar Sua Pesquisa Acessível a um Público Internacional
No início do século XXI, a publicação acadêmica é inerentemente internacional. Artigos de pesquisa circulam instantaneamente por bancos de dados globais, repositórios institucionais, plataformas de acesso aberto e redes sociais para acadêmicos. Muitas revistas têm leitores que abrangem continentes, e a maioria dos manuscritos submetidos a editoras respeitáveis hoje será revisada por acadêmicos baseados em diferentes países, trabalhando dentro de diferentes tradições acadêmicas e interpretando a prosa em inglês com variados contextos linguísticos.
Apesar desse alcance global, muitos autores escrevem involuntariamente como se estivessem se dirigindo a um público local restrito. Suposições culturais, terminologia específica da região, referências vagas e pistas contextuais pouco claras podem tornar um manuscrito forte confuso ou inacessível para leitores internacionais. Ao escrever para publicação, suas palavras devem viajar além do seu ambiente imediato de pesquisa—elas devem comunicar-se claramente com leitores de múltiplas línguas, culturas e expectativas disciplinares.
Este artigo explica como desenvolver um estilo de escrita acadêmica que seja ao mesmo tempo acessível internacionalmente e rigoroso academicamente. Oferece estratégias práticas para evitar viés, definir terminologia local, esclarecer referências ambíguas e usar linguagem que apoie a compreensão para um público verdadeiramente global.
1. Por Que Escrever para um Público Internacional é Importante
A publicação bem-sucedida depende não apenas de uma pesquisa sólida, mas também de comunicação clara. Quando sua escrita assume conhecimento cultural que os leitores podem não compartilhar, a compreensão sofre. Revisores podem interpretar mal pontos-chave, editores podem considerar seu manuscrito insuficientemente internacional em escopo e leitores podem deixar de citar seu argumento simplesmente porque é difícil de seguir.
Escrever para públicos internacionais melhora:
• clareza e transparência,
• acessibilidade global,
• potencial de citação,
• utilidade interdisciplinar,
• justiça e inclusão na pesquisa.
A publicação acadêmica recompensa cada vez mais manuscritos que reconhecem leitores diversos. Ao remover barreiras culturais desnecessárias, você aumenta a visibilidade e o alcance global do seu trabalho.
2. Evitando Viés Através da Escolha Cuidadosa da Linguagem
Viés na escrita acadêmica pode aparecer involuntariamente por meio de suposições sobre gênero, nacionalidade, etnia, classe social, idade ou formação educacional. Tal viés pode alienar leitores ou sinalizar falta de consciência acadêmica.
Neutralidade de gênero continua essencial. Evite “ele” ou “ela” genéricos ao se referir a grupos ou indivíduos hipotéticos. Use construções no plural (“pesquisadores…eles”) ou formas singulares neutras em termos de gênero (“eles”) quando apropriado.
Viés nacional ou cultural pode surgir quando autores implicam que certas experiências, normas ou sistemas são universais. Declarações como “Em nossas escolas…” ou “Nas universidades locais…” carecem de clareza e assumem conhecimento de fundo compartilhado. Leitores internacionais não saberão a qual “nosso” você se refere a menos que identifique explicitamente o local.
Precisão previne viés. Em vez de:
“Em nossa área, a política foi amplamente adotada.”
escrever:
“Na região norte da Malásia, a política foi amplamente adotada nas escolas públicas de ensino médio.”
Esse detalhe não apenas elimina ambiguidades, mas também melhora o valor acadêmico do seu texto ao fundamentá-lo em um contexto identificável.
3. Definindo Terminologia Específica de País ou Região
A escrita acadêmica frequentemente faz referência a conceitos que variam por país: sistemas educacionais, cargos, estruturas de saúde, marcos legais ou instituições políticas. Quando esses termos não são definidos, leitores internacionais podem interpretar seu significado incorretamente.
Por exemplo, cargos acadêmicos diferem significativamente entre sistemas:
• “lecturer” no Reino Unido ≠ “lecturer” nos EUA,
• “first-year student” (UK) vs “freshman” (US),
• “secondary school” vs “high school,”
• “postgraduate” vs “graduate student.”
Sempre que um termo possa não ser universalmente compreendido, escolha uma das duas abordagens:
1. Use linguagem reconhecida internacionalmente.
Exemplo: “mobile phone” é mais universal do que “cell phone” ou “mobile.”
2. Forneça uma breve explicação na primeira vez que usar.
Exemplo: “a qualificação britânica A-level (exames secundários avançados).”
4. Esclarecendo Unidades, Medidas e Formatos Numéricos
Medidas e convenções numéricas diferem entre países. Manuscritos destinados à publicação internacional devem padronizar esses elementos — ou explicá-los claramente — para que os leitores possam interpretar os dados com precisão.
Exemplos:
• distância medida em milhas vs quilômetros,
• peso em libras vs quilogramas,
• temperatura em Celsius vs Fahrenheit,
• níveis de vestuário, calçados ou educação com escalas culturalmente específicas.
Quando unidades não métricas forem necessárias, inclua conversões (ex.: “5 milhas (8 km)”). Quando sistemas de medição locais forem usados (ex.: notas GCSE do Reino Unido, GPA dos EUA), defina-os brevemente para compreensão global.
5. Eliminando Ambiguidade nos Formatos de Data
Os formatos de data são notoriamente inconsistentes entre países e podem causar confusão séria. Por exemplo:
10/11/14 poderia significar:
• 10 de novembro de 2014 (formato britânico), ou
• 11 de outubro de 2014 (formato americano).
Para evitar ambiguidade, use uma das seguintes opções:
• ISO (Organização Internacional para Padronização):
2014-11-10
• Formato escrito expandido:
10 de novembro de 2014
• Formato de números romanos para meses:
10.xi.14
Qualquer que seja o sistema escolhido, use-o consistentemente em todo o seu manuscrito e mencione seu estilo de data quando a clareza for especialmente importante.
6. Garantindo que sua Escrita Não Seja Excessivamente Específica Regionalmente
Assim como você deve evitar linguagem vaga, também deve evitar o oposto: referências tão específicas a um local que se tornam inacessíveis internacionalmente. A moeda é um exemplo comum.
Se sua pesquisa envolve valores financeiros, use uma destas abordagens:
• inclua símbolos de moeda e códigos ISO (“£55 GBP; €200 EUR; $175 USD”),
• use conversões entre parênteses para contexto,
• evite referenciar preços locais que pressupõem conhecimento compartilhado do mercado.
Da mesma forma, termos educacionais ou administrativos podem precisar de ajuste ou explicação. Sem definições claras, os leitores podem interpretar mal a escala ou a importância do seu contexto.
7. Escrevendo com Linguagem Universalmente Compreendida
Escrever para leitores internacionais não significa simplificar suas ideias — significa expressá-las claramente. Evite idioms, metáforas e referências culturais que podem não ser bem traduzidas.
Por exemplo, frases como:
• “moving the goalposts,”
• “the whole nine yards,”
• “a ballpark estimate,”
• “hit the ground running,”
pode fazer pouco sentido fora dos países de língua inglesa ou regiões específicas. Substitua tais expressões por alternativas diretas e precisas.
8. Mantendo a Consistência na Terminologia e Estilo
Uma vez que você decida como se referir a uma instituição, política, medida ou conceito, mantenha a consistência ao longo do seu manuscrito. Alternar entre termos confunde os leitores e enfraquece a coesão.
Consistência também se aplica a:
• ortografia (escolha britânica ou americana e mantenha-se fiel),
• estilos de capitalização,
• formatos de abreviação,
• apresentação de números,
• notação estatística,
• estilo de referência.
Periódicos internacionais normalmente especificam suas convenções de estilo preferidas, então sempre consulte as diretrizes para autores antes de redigir.
9. Conclusão
A escrita acadêmica e científica é agora uma atividade global. Para garantir que seu trabalho alcance e ressoe com um público verdadeiramente internacional, você deve tornar sua prosa acessível, precisa e livre de expressões ambíguas ou culturalmente específicas. Ao escolher uma linguagem neutra, definir terminologia regional, esclarecer datas e medidas e evitar vieses não intencionais, você fortalece tanto a clareza da sua comunicação quanto o impacto da sua pesquisa.
Se você deseja ajuda especializada para aprimorar o tom, a clareza e a acessibilidade internacional em seus manuscritos de pesquisa ou artigos de periódicos, nosso journal article editing service e manuscript editing service podem apoiá-lo durante todo o processo de publicação.